Há uma percepção equivocada de que ESG é para grandes empresas que possuem orçamentos e estruturas para realizar as ações relacionadas ao tema. De fato, o pioneirismo muitas vezes entra por empresas estruturadas, multinacionais ou não.
Mas o pioneirismo não deve ser visto como um aspecto determinante ou único. Ele é relevante para tratar de temas tabus ou muito específicos. E as empresas pioneiras pagam dois “preços” por isto. Se der certo, serão reconhecidas como referência no setor e terão uma vantagem competitiva por um determinado período de tempo. Se der errado, podem comprometer a sua imagem institucional e os recursos alocados, em parte, serão perdidos.
As empresas médias não devem se preocupar em ser pioneiras. Elas não devem também se esconder das discussões alegando falta de recursos ou estruturas. As empresas médias devem identificar a relevância dos temas e critérios de ESG e atuar com foco no que tem relevância para o seu modelo de negócio e necessidade de evoluir.
A ABNT PR2030 é um excelente documento para ajudar as empresas médias a identificar em cada eixo de ESG, os temas e, dentro dos temas, os critérios. E a metodologia de avaliação permite que você identifique o estágio de maturidade. Esta metodologia faz toda a diferença, pois em critérios de baixa relevância não há necessidade de maturidade elevada.
Um exemplo para ficar claro…
Uma empresa de tecnologia, com um quadro de 15 funcionários, que atende seus clientes online, não deve ter como alta relevância o critério de mudanças climáticas. Em contrapartida a qualidade de vida de seus colaboradores deve ter a alta relevância.
Modismos ou ativismo não devem ser orientadores de relevância também.
Portanto, empresa média tem que ter ESG focado.