10 entre 10 pessoas responderiam que a verdade tem alto valor na vida delas. Há um senso comum coletivo que cria este posicionamento. Sem a verdade, a impressão que se tem é que a sociedade não sobreviveria.
Mas porque que a verdade está cada vez mais difícil de ser encontrada ou definida? O que é verdade para um, pode não ser para o outro…
Em uma sociedade de narrativas, a verdade pode parecer que vem com quem elaborou a primeira versão ou a melhor narrativa.
A política dá sinais cada vez mais claros que a verdade nem acessório é mais.
A justiça parece que criou a sua própria verdade absoluta e que a sociedade terá que aceitá-la.
Uma rápida passagem pelo dicionário, encontramos a definição de que a verdade é coisa, fato real, algo que está conforme fatos ou a realidade. Ou seja, uma definição precisa. Tem o fato e a descrição está correta, então a descrição é a verdade.
Na filosofia a verdade é cada uma das assertivas que se limitam à constatação dos fenômenos heterogêneos e transitórios da realidade empírica, apresentando, por essa razão, uma veracidade contingente e circunstancial.
E porque estamos trazendo este tema para o ESG? Porque a Governança Corporativa deve ter entre seus orientadores a verdade. A verdade puxa a ética para trabalhar e faz com que as condutas tenham limites.
Se uma gestão distorce os fatos para que a narrativa fique acomodada, não faz sentido o ESG, o relatório, o plano de ação e qualquer outro movimento. Há erros na gestão de empresas, e a Governança Corporativa existe para ter respostas aos erros e melhorar a conduta. Não existe para distorcer ou esconder.
O teste para saber o valor da verdade de forma pessoal é simples. Fique a frente de uma situação relevante e veja a tentação de criar uma narrativa que te favoreça. Se você ceder e passar a criar a distorção do fato, da coisa real, você estará faltando com a verdade. Logo ela não tem valor para você.